quinta-feira, 29 de março de 2012

O Cidadão de Papel


Um pouco sobre o livro "O cidadão de Papel" 


Sinopse:


O jornalista Gilberto Dimenstein tinha em mente levar para a sala de aula a discussão da cidadania no nosso país. Foi assim que nasceu O cidadão de papel. Na nova edição, reformulada e atualizada, Dimenstein continua inovador e crítico. Com a ajuda de textos sobre exemplos de cidadania e imagens impactantes, o autor apresenta aos jovens o Brasil de agora para formar os cidadãos de amanhã. A obra reformulada conta também com o apoio do site www.atica.com.br/cidadaodepapel, com notícias, enquetes e áudios comentados por Dimenstein.


Resumo:



O livro "O Cidadão de Papel", do jornalista Gilberto Dimenstein, produzido nos primeiros anos da década de 1990, nos apresentou esse país de contrastes tão grandes. Uma das maiores economias do planeta e, ao mesmo tempo, um dos lugares mais socialmente injustos para se morar. As notícias divulgadas nos jornais todos os dias, vistas por muitos de nós como contingência de um sistema, ou seja, como algo contra o qual não adianta lutar, constituem a base e a referência para esse exame minucioso.
Dimenstein procurou focar sobre as questões sociais e seu impacto na vida dos pequenos brasileiros, das crianças. Partiu da Declaração Universal dos Direitos Humanos e nos mostra, ao longo das páginas de seu livro, como estamos distantes da aplicação prática de elementos básicos e fundamentais para que possamos conceder a nossas crianças e jovens um mínimo de dignidade.
Quando falamos em dignidade em termos práticos abordamos questões como educação, habitação, alimentação, saúde, lazer, trabalho, consideração e respeito. 
Se falta dinheiro para conseguir comida, muitas famílias colocam seus filhos nas ruas e exigem que eles consigam, de alguma forma, obter os recursos necessários e, ao voltar para casa (quando ela existe), contribuir com os pais e irmãos.
Se a criança está na rua, engraxando sapatos, vendendo balas nos semáforos das grandes metrópoles, se prostituindo nas esquinas mais movimentadas dos grandes centros urbanos, catando restos em lixões, cometendo pequenos furtos ou cheirando cola, ela definitivamente está muito longe de onde realmente deveria estar, a escola.
Se a escola não é parte constante da realidade de uma criança ou de um adolescente, as probabilidades dessa criança ter boas chances no futuro são ínfimas, ou seja, extremamente reduzidas. Sem livros, alimentos, interação com professores e colegas num ambiente arejado e saudável, é pouco provável que essa pessoa consiga abandonar as ruas, se integrar ao mercado de trabalho, formar família, prover suas necessidades de forma adequada ou mesmo obter respeito próprio.
"O Cidadão de Papel" nos mostra como, apesar da Declaração Universal dos Direitos Humanos e de todos os modernos códigos legais que regem o nosso país (da Constituição ao Código Civil, do Código Penal ao Código do Consumidor, passando por tantos outros), o Brasil não conseguiu vencer a chaga da desigualdade social e da péssima distribuição de renda.
Já se passaram mais de dez anos desde a publicação do livro de Dimenstein. Os ares da democracia se estabeleceram no país (vencemos o autoritarismo e a ditadura), os mandatos presidenciais de Fernando Henrique Cardoso e Luis Inácio Lula da Silva tem realizado notáveis progressos em diversos setores, especialmente na estabilização da economia, entretanto, as contundentes afirmações do "Cidadão de Papel" continuam a assombrar o Brasil.
Quem lê o livro hoje não vê grande diferença entre o que se passava no país a dez ou doze anos atrás em relação ao que acontece hoje, nos anos iniciais de um novo século (e milênio).
Há muitas crianças nas ruas. O maior e mais divulgado projeto governamental é o Fome Zero (o que demonstra que o flagelo da subnutrição e da desnutrição, causados pela miséria, continua existindo no Brasil). A violência se alastra. Muitas crianças ainda estão fora da escola. Postos de saúde e hospitais continuam lotados (povo doente é sinal de má alimentação, falta de instrução, pobreza). Os lixões ainda constituem fonte primordial de trabalho e sustento de muitas famílias...
Bem Kate, como você pode observar ainda há muito o que ser feito por aqui. E não adianta cruzarmos os braços e pensar que não somos capazes de mudar o rumo dos acontecimentos. Façamos cada um nossa parte, por menor que seja ou possa parecer, e talvez assim, possamos garantir algo melhor para as futuras gerações.

Um comentário:

  1. apredi muitas leis e direito dos trabalhadores atravez deste trabalho.
    Praticamente não vemos quase ninguén falando sobre os direitos dos trabalhadores é muito importante estarmos sempre retratando esse tema

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